Miscigenação, do dicionário: processo ou resultado de misturar raças, pelo casamento ou coabitação de um homem e uma mulher de etnias diferentes. São cerca de 70 nacionalidades, de acordo com o site oficial de turismo da cidade. São Paulo é nitidamente o resultado dessa mistura, basta caminhar pelos pontos mais frequentados da cidade para notar a diversidade de comunidades e tribos urbanas que podemos encontrar.

 

Segundo a diretora de moda da revista Glamour, Adriana Bechara, “São Paulo é um lugar que mistura muita gente e as pessoas deixam de ter a sua própria identidade (a identidade de uma região, ou local) para fazer parte de um mundo mais cosmopolita. Então, quando a pessoa esta em São Paulo, ela sofre influencia de muitas culturas”.

Além da influência estrangeira, grande parte da população paulistana é formada por pessoas que vieram de outros estados, muitas vezes, à procura de oportunidades melhores de emprego. Eis então, que encontramos essa variedade gigantesca de sotaques, costumes, estilos e culturas dos quatro cantos do país. Esses grupos são denominados comunidades ou tribos urbanas, e juntos representam o modo “diferentão” de viver do paulistano, conta Jéssica Mendes, diretora na empresa Vitrine 360.

 

De acordo com a designer de moda Aneliê Schinaider, criadora da marca 3 Pontos, a cultura paulistana faz toda a diferença na moda da cidade. “Tribos urbanas representam a mistura da moda paulistana e faz você ficar diferente.” Aneliê também defende a libertação feminina na moda com a miscigenação: “hoje, a cultura Afro está súper em alta, uma mulher branca, por exemplo, pode usar um turbante, ficar linda e sem receio de julgamentos.” Segundo a designer o futuro da moda em São Paulo é a libertação dos estilos graças à diversidade única que não encontramos em nenhuma outra cidade, “o paulistano usa o modo de vestir carioca, gaúcho, mineiro, nova-iorquino... ele pode misturar! E é ai que está o resultado do estilo paulista de ser”.

 

Adriana Bechara reafirma a forte influencia de culturas que resultam na moda paulistana e acredita que a cidade não possui uma identidade regional e sim uma mistura incrível: “nós temos a cultura árabe muito forte, a cultura italiana, cultura nordestina. E todas elas são transformadas pelo grande mix que é São Paulo. Então, eu não vejo a moda paulista - a moda feita em São Paulo que pode ser considerada regional”.

 

 

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